Truman show
Alguém já viu aquela propaganda em que a cabeça do Nizan Guanaes é colada no corpo sarado e "rasgadinho" de um qualquer e em baixo tem um slogan escrito algo tipo "é assim que o aluno de publicidade vê o Nizan Guanaes"? Então, para os jornalistas, a cabeça desse gostosão é o rosto do norte-americano Truman Capote, autor de "A Sangue Frio", referência máxima do chamado "new journalism", ou jornalismo literário. No mundinho acadêmico, ninguém quer ser apresentador do Jornal Nacional nem escrever sobre o superávit da Bolsa de Valores: o hype é fazer novo jornalismo, sem lead, sem limite, com muita descrição e muitos recursos literários.
E é exatamente isso que torna "Capote", o filme, uma alegria. Philip Seymour Hoffman mostra que o escritor era uma bicha gordinha das mais afetadas, com uma voz absolutamente irritante, totalmente centrado em si mesmo, muitas vezes sem o menor escrúpulo para conseguir o que queria e com um poder persuasivo filho da mãe. É claro que, por outro lado, sua conversa sabia seduzir, sua memória era invejável e seus sobretudos eram ótimos. Mas que o cara era um bocado uó, era. Definitivamente, não é só o assassino Perry Smith que o fdp que consegue cativar o público.
E é exatamente isso que torna "Capote", o filme, uma alegria. Philip Seymour Hoffman mostra que o escritor era uma bicha gordinha das mais afetadas, com uma voz absolutamente irritante, totalmente centrado em si mesmo, muitas vezes sem o menor escrúpulo para conseguir o que queria e com um poder persuasivo filho da mãe. É claro que, por outro lado, sua conversa sabia seduzir, sua memória era invejável e seus sobretudos eram ótimos. Mas que o cara era um bocado uó, era. Definitivamente, não é só o assassino Perry Smith que o fdp que consegue cativar o público.

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