The boss has left the building
É absolutamente impossível negar que nós passamos os últimos 17 meses dando belas resmungadas diante de seus surtos detalhistas, discordando de seus súbitos desejos megalomaníacos, reclamando de sua falta de apreço às possibilidades oferecidas pela voz passiva e pelo gerúndio na língua portuguesa e até mesmo maldizendo a senhora sua mãe - no caso específico, a senhora sua Tia.
Mas ninguém poderá dizer que não admiramos a pessoa ao mesmo tempo intelectual e bem-humorada que ele revelou ser, que não sentimos um imenso prazer ao vê-lo apoiar posições políticas no mínimo interessantes no cenário de hoje, que não era o máximo vê-lo com o maior tesão ao dar notícias tipo "Batida policial na Daslu!", "PF protege Rede Globo na prisão de Maluf!", que não é ótimo o fato de ele adorar ser imitado nem que não tivemos orgulho de encher a boca para dizer diariamente que trabalhávamos ao lado dele. Ele achava graça - mas achava mesmo, de ter aquelas crises de risada que não deixam nem você falar- nas coisas mais sem graça do mundo, e a gente acabava com vontade de rir também só com a expressão dele.
Aí eram 3 e meia da tarde quando ele perguntou se podia ir e nós dissemos em uníssono um belo "não!". Ele pegou a malinha preta com as iniciais dele bordadas ( bem bonitinho, tipo bordado de mãe mesmo), abriu a porta e, ainda sentido dores (as físicas foram admitidas, as emocionais não), sorriu com toda a sua elegância, disse um "até logo" e se foi - num ato bem ilustrativo de como foram todas as decisões que esse amante da terra de Woody Allen tomou na vida.
Boa sooorrte para ele e para nós.
Mas ninguém poderá dizer que não admiramos a pessoa ao mesmo tempo intelectual e bem-humorada que ele revelou ser, que não sentimos um imenso prazer ao vê-lo apoiar posições políticas no mínimo interessantes no cenário de hoje, que não era o máximo vê-lo com o maior tesão ao dar notícias tipo "Batida policial na Daslu!", "PF protege Rede Globo na prisão de Maluf!", que não é ótimo o fato de ele adorar ser imitado nem que não tivemos orgulho de encher a boca para dizer diariamente que trabalhávamos ao lado dele. Ele achava graça - mas achava mesmo, de ter aquelas crises de risada que não deixam nem você falar- nas coisas mais sem graça do mundo, e a gente acabava com vontade de rir também só com a expressão dele.
Aí eram 3 e meia da tarde quando ele perguntou se podia ir e nós dissemos em uníssono um belo "não!". Ele pegou a malinha preta com as iniciais dele bordadas ( bem bonitinho, tipo bordado de mãe mesmo), abriu a porta e, ainda sentido dores (as físicas foram admitidas, as emocionais não), sorriu com toda a sua elegância, disse um "até logo" e se foi - num ato bem ilustrativo de como foram todas as decisões que esse amante da terra de Woody Allen tomou na vida.
Boa sooorrte para ele e para nós.

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